Dezenas de tangos já foram escritos e dedicados a cidade onde a dança e a música nasceram, mas esta peça de vanguarda composta por Astor Piazzolla, com letra de Horacio Ferrer revolucionou o gênero dentro do contexto do movimento argentino de Nueva Canción, ou Nova Canção. Menciona as ruas portenhas de Callao e Arenales e o hospital psiquiátrico da Rua Vieytes em Barracas como uma homenagem tanto a loucura do amor, como da cidade por si própria. A versão mais famosa desta música foi gravada por Roberto Goyeneche e Amelita Baltar. Abaixo há um tributo de Elena Roger em 2016.
Deixamos aqui o tributo que Elena Roger fez em 2016:
Escrita e composta por Gustavo Cerati, “En la ciudad de la furia” virou a referência em que muitas pessoas fazem sobre Buenos Aires até os dias de hoje. O conceito explica a crise econômica e social que o país sofria durante o então governo do presidente Raúl Alfonsín. Assim resumia Cerati: “A canção foi composta em uma época muito terrível da Argentina, em 1988, em plena hiperinflação e fúria desatada, assim que não foi nada difícil escrever sobre uma cidade da fúria”.
Este é o clipe original que lançou a banda no final dos anos oitenta:
Nesta ocasião não se trata de uma música escrita por um artista local, senão pelo punho do lendário cantor espanhol Joaquín Sabina. Descreve seu romance com uma mulher portenha e a maneira em que ela o seduz com seu profundo amor pela querida Buenos Aires. Na primeira estrofe já consegue mencionar Jorge Luis Borges, Evita Perón e Carlos Gardel.
Escuchá acá el homenaje de Sabina a Buenos Aires:
Fito Páez é um dos maiores expoentes do rock argentino no final do século XX. Relata uma história de amor de duas crianças carentes de 11 e 6 anos. Beijam-se em um café, caminham pela Avenida Corrientes e vendem rosas durante a noite.
Disfrutá de este clásico porteño que aún sigue vigente:
Los Fabulosos Cadillacs, banda liderada por Vicentico, teve seu maior momento de sucesso nas décadas dos 1980 e 1990, fundamentalmente depois de lançar o seu disco homônimo a esta canção. A letra, de livre interpretação, indica uma relação de amor não correspondia e para descrevê-la utiliza a metáfora do Rio da Prata, que é largo como o mar, mas doce como um rio. Durante muito tempo a banda cantou e interpretou esta música ao vivo junto com a cantora cubana Celia Cruz.
Cerrá el repertorio con otro “temazo” de antaño:
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